
Herdeiros de Empresas Familiares
O desafio de serem protagonistas da própria história
O objetivo deste trabalho é propor a reflexão sobre o tema e proporcionar ferramentas para que os herdeiros fortaleçam sua musculatura emocional para tomarem para si as rédeas das suas vidas.
Precisam, dentre outras coisas, de autorização para serem quem são. Isso pode parecer simples, natural. Mas, às vezes, pode levar uma vida para se obter essa conquista. Precisam lutar muito para não terem sua história danificada ou roubada. Na grande maioria dos casos, são coadjuvantes em vez de protagonistas da própria vida. Eles crescem ouvindo falar da empresa, da extrema competência do fundador. Este vira um mito. O mundo passa a ser somente aquele. A visão fica restrita. Suas opções de vida, extremamente limitadas. Muitas vezes até inexistentes. Acreditam, na sua maioria, haver apenas uma carreira, um local para trabalhar: ser executivo no negócio da família. Nascem para dar seguimento ao império construído pelo pai ou pelo avô. Na fase adulta é comum sentirem vazio, tristeza, falta de um propósito de vida. Chegam a questionar a própria identidade. Muitos nem sequer desenvolvem a competência de fazer dinheiro, independentemente do negócio da família.
COESÃO
FAMILIAR
Processo de aprendizagem e identificação do padrão de comunicação da família.

...através da compreensão de alguns mecanismos do comportamento humano passam a olhar para o outro de forma diferente, mais cuidadosa, mais compreensiva.
Em nome da crença comum nas famílias de que “em nome da união familiar deve-se evitar conversas sobre temas que possam gerar conflitos e desentendimentos, chamados "tabus familiares", seus integrantes não desenvolvem a habilidade de estabelecer e lidar com situações adversas. Com isso, tornam-se frágeis e vulneráveis a rupturas muitas vezes irreversíveis nas suas relações.
Durante esse trabalho, através da compreensão de alguns mecanismos do comportamento humano, os familiares passam a olhar um ao outro de forma diferente, mais cuidadosa, mais compreensiva. Este processo de reflexão permite que situações mal resolvidas no passado, na relação com o outro possam ser resignificadas em bases mais saudáveis e consequentemente mais produtivas. Como resultado, cresce sensivelmente a possibilidade da família ampliar sua capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal. É um processo de aprendizagem, de identificação do padrão de comunicação da família, do outro e de si mesmo.